quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009



É preciso não esquecer nada

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.

Cecília Meireles


Quando vier me visitar, traga flores, muitas delas...
Porém, não me traga apenas flores.
Não se esqueça de juntar a elas:
a beleza do seu sorriso,
a ternura do seu olhar,
a força do seu abraço.
o calor dos seus beijos...

Quando vier me visitar, traga flores, muitas delas...
Mas não esqueça de tirar-lhes:
os espinhos que machucam,
as folhas envelhecidas,
os galhos secos,
as dores embutidas...

Quando vier me visitar, traga flores, muitas delas...
Perfumadas, coloridas, alegres:
todas parecidas com você.

Quando vier me visitar, traga você por inteiro...
E as flores? Nem sei se vai precisar!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

GANESH ou GANESHA


Como ele obteve sua cabeça de elefante?
A mitologia altamente articulada do Hinduísmo apresenta muitas histórias na qual é explicada a maneira que ganesha obteve sua cabeça de elefante; freqüentemente a origem desse atributo particular é encontrado nas mesmas histórias que narram seu nascimento. E muitas dessas mesmas histórias revelam as origens da enorme popularidade do culto a Ganesha.

Decapitado e reanimado por Shiva
A mais conhecida história é provavelmente aquela encontrada no Shiva Purana. Uma vez, quando sua mãe Parvati queria tomar banho, não havia guardas na área para protegê-la de alguém que poderia entrar na sala. Então ela criou um ídolo na forma de um garoto, esse ídolo foi feito da pasta que Parvati havia preparado para lavar seu corpo. A deusa infundiu vida no boneco, então Ganesha nasceu. Parvati ordenou a Ganesha que não permitisse que ninguém entrasse na casa e Ganesha obedientemente seguiu as ordens de sua mãe. Dali a pouco Shiva retornou da floresta e tentou entrar na casa, Ganesha parou o Deus. Shiva se enfureceu com esse garotinho estranho que tentava desafiá-lo. Ele disse a Ganesha que ele era o esposo de Parvati e disse que Ganesha poderia deixá-lo entrar. Mas Ganesha não obedecia a ninguém que não fosse sua querida mãe. Shiva perdeu a paciência e teve uma feroz batalha com Ganesha. No fim, ele decepou a cabeça de Ganesha com seu Trishula (tridente). Quando Parvati saiu e viu o corpo sem vida de seu filho, ela ficou triste e com muita raiva. Ela ordenou que Shiva devolvesse a vida de Ganesha imediatamente. Mas, infortunadamente, o Trishula de Shiva foi tão poderoso que jogou a cabeça de Ganesha muito longe. Todas as tentativas de encontrar a cabeça foram em vão. Como último recurso, Shiva foi pedir ajuda para Brahma que sugeriu que ele substituísse a cabeça de Ganesha com o primeiro ser vivo que aparecesse em seu caminho com sua cabeça na direção norte. Shiva então mandou seu exército celestial (Gana) para encontrar e tomar a cabeça de qualquer criatura que encontrarem dormindo com a cabeça na direção norte. Eles encontraram um elefante moribundo que dormia desta maneira e após sua morte, tomaram sua cabeça, e colocaram a cabeça do elefante no corpo de Ganesha trazendo-o de volta à vida. Dali em diante ele é chamado de Ganapathi, ou o chefe do exército celestial, que deve ser adorado antes de iniciar qualquer atividade.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

'*.*'

A vida nos oferece escolhas
Viver e Existir:
Se for para Viver que seja além de existir.
Existem muitos caminhos dentro de mim
Que me chamam para esse agitado mar.
Um caminho que leva a verdade
Outro me tira a liberdade
Outro faz meu EU se perder do fim
Escolho um e tento guardar,
memorizar
Porque se precisar saberei voltar


(Débora Gross)